O déficit de doadores e a dificuldade de alocação de órgãos demandam soluções e alternativas para ao menos ampliar o tempo que cada paciente é capaz de resistir até que o coração ideal seja encontrado.
O suporte circulatório mecânico tem sido uma resposta para prolongar a sobrevida dos pacientes na lista de espera para transplantes, tornando-se uma ponte para o almejado transplante. Contudo, essa não é uma alternativa de rotina para programas na América Latina, que ainda sofre com financiamento restrito e baixa disponibilidade de dispositivos de assistência ventricular de última geração.
A escolha dos melhores dispositivos e o racional da indicação correta nos pacientes portadores de insuficiência cardíaca é questão de muito debate, ainda maior em centros com recursos limitados, onde em certos momentos a demanda por dispositivos supera sua oferta.
Na última edição do BJCVS, Miana et al. trazem a experiência de um dos maiores centros da America Latina neste contexto, mostrando quando os mecanismos de suporte mecânico foram mais bem utilizados na população pediátrica, sua taxa de sucesso e possíveis complicadores.
O artigo, com uma análise multifacetada, torna-se leitura fundamental para uma compreensão global do tema ao explorar diversas nuanças: técnicas, fisiopatológicas, clínicos, epidemiológicas e até aspectos do financiamento público envolvido.
O artigo completo está disponível no link: http://www.bjcvs.org/pdfRBCCV/v33n3a07.pdf
Referência
1. Miana LA, Silva GVR, Caneo LF, Turquetto AL, Tanamati C, Foronda G, et al. Rational use of mechanical circulatory support as a bridge to pediatric and congenital heart transplantation. Ae Braz J Cardiovasc Surg. 2018;33(3):242-9.