12 de Junho: Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita

A data que celebra o amor entre os namorados também marca a luta dos pequenos corações que desejam crescer e um dia se apaixonar: o Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita é comemorado em várias regiões do país, com atividades focadas em informar e auxiliar na prevenção e tratamento.

O trabalho iniciado em 2010 pela Associação de Assistência à Criança Cardiopata (AACC) Pequenos Corações, conta com mais de 50 núcleos no Brasil, em diferentes estados, e mantém uma casa de apoio em São Paulo, com recursos provenientes de ações beneficentes e doações voluntárias para abrigar as mães e os bebês durante o tratamento na capital.

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A cada cem nascidos vivos, um tem cardiopatia congênita – uma alteração na estrutura ou na função do coração. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, ao menos 23 mil necessitam de atendimento diferenciado e de cirurgia cardíaca, por ano.

A desinformação ainda é algo a ser superado. Estudos apontam que a incidência da cardiopatia congênita é oito vezes maior do que a da Síndrome de Down, mas muitos pais desconhecem os exames preventivos para um diagnóstico preciso. Considere que todos os dias nasçam 77 crianças cardiopatas: 3 a cada hora e 1 a cada 20 minutos. Se analisarmos dessa forma, conseguimos compreender melhor a necessidade de falar sobre o assunto com responsabilidade e contribuir para que vidas sejam salvas.

É importante ressaltar a importância do ecocardiograma fetal, recomendado ainda na gestação e o Teste do Coraçãozinho (oximetria de pulso), feito no bebê logo após o nascimento. A parceria dos obstetras e pediatras é fundamental na solicitação desses exames durante a gestação, especialmente em mulheres que compõem o grupo de risco: acima dos 35 anos de idade, com outros filhos ou familiares próximos que tenham cardiopatias; gestantes com diabetes, hipotireoidismo, lúpus eritematoso sistêmico (LES) ou que apresentem doenças como toxoplasmose e rubéola na gravidez. Ainda aquelas que utilizam medicamentos anticonvulsivantes, anti-inflamatórios, ácido retinóico e lítio, por exemplo. Outro destaque é para a gestação de gêmeos ou de múltiplos e por fertilização in vitro, pois devem receber cuidados especiais.

A implantação do Teste do Coraçãozinho nas maternidades brasileiras representa um importante avanço, sendo uma bandeira levantada pela Pequenos Corações junto aos municípios, por intermédio do legislativo, nas Câmaras de Vereadores. Quando a descoberta é feita durante a gestação, as chances de sucesso no tratamento aumentam e alguns procedimentos são feitos com o bebê ainda no útero materno. Também pode haver um preparo diferenciado com uma equipe especializada na hora do parto. Mas caso a cardiopatia não tenha sido descoberta previamente, com o Teste do Coraçãozinho nas primeiras horas de vida, é possível detectar a necessidade de uma medicação específica ou mesmo de uma intervenção cirúrgica, primordiais para a saúde deste bebê.

O que é o Teste do Coraçãozinho?

Uma grande conquista! Incorporado aos testes de triagem em neonatais do SUS, em 2014, o Teste do Coraçãozinho é um exame simples, indolor, rápido e não invasivo, que pode indicar a probabilidade da criança ter uma cardiopatia congênita grave.

Clinicamente conhecido como oximetria de pulso, o teste é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e deve ser feito ainda na maternidade, antes da alta do bebê, como triagem de rotina para os recém-nascidos. Ele mede a concentração de oxigênio no sangue e pode detectar um defeito cardíaco, para que a criança inicie o tratamento o mais rápido possível.

Outra forma de diagnóstico precoce muito importantes é o ultrassom morfológico fetal. Neste exame, o médico pode desconfiar de alguma malformação cardíaca e encaminhar a gestante para a realização de um ecocardiograma fetal, para o estudo detalhado do coração do bebê, possivelmente apontando um defeito cardíaco. O ecocardiograma fetal é feito após a 20ª semana de gestação. É também indicado para todas as gestantes consideradas de risco.

“Na torcida pela vida”

Atualmente, a AACC Pequenos Corações conta com mais de 50 núcleos regionais em todo o país para suporte e acompanhamento às famílias de crianças cardiopatas, com atendimentos diversos pessoalmente, por telefone e redes sociais: http://www.pequenoscoracoes.com e página no Facebook AACC Pequenos Corações

Mais informações com Patricia Drummond (11) 99978-8071 ou Janaina Souto (61) 98208-2292 . Também por e-mail: patricia@pequenoscoracoes.com ou brasilia@pequenoscoracoes.com

Texto de autoria da Associação de Assistência à Criança Cardiopata (AACC) Pequenos Corações

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