Dia Mundial do Coração

Hoje, 29 de Setembro, é comemorado o Dia Mundial do Coração, uma data criada pela World Heart Federation para estimular pessoas e entidades de diversos países a se unirem para aumentar a conscientização sobre as doenças cardiovasculares e os meios de evitá-la.

As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte em todo o mundo. Anualmente, 17,3 milhões de pessoas morrem prematuramente devido a doenças do coração, e esse número deve aumentar para 23 milhões até 2030. A maior parte dessas mortes ocorre em países em desenvolvimento e com baixa renda per capita, como o Brasil, uma vez que nesses países os recursos, tanto para a prevenção quanto para o tratamento das doenças cardiovasculares, é limitado. Entretanto, a maior parte dessas mortes pode ser evitada com medidas que não custam nada e apresentam grande impacto, como a cessação do tabagismo, a realização de atividades físicas e o controle da pressão arterial.

Este ano, como parte da campanha do Dia Mundial do Coração, a British Heart Foundation criou uma ferramenta na qual você pode descobrir a “idade” do seu coração e o seu risco cardiovascular. Segundo a entidade, quatro em cada cinco pessoas com mais de 30 anos têm um coração “mais velho” do que sua idade cronológica, tornando-as mais propensas a ter um ataque cardíaco potencialmente fatal ou um acidente vascular cerebral. Se você quiser descobrir a idade do seu coração e o seu risco cardiovascular, basta acessar esse link e fazer o teste (ATENÇÃO: é preciso ter mais de 30 anos para pode utilizar a ferramenta).

Se você ficou assustado com os números ou, ainda mais, depois de fazer seu teste, saiba que existem muitas coisas que você pode fazer para prevenir as doenças cardiovasculares. O Blog do BJCVS lista aqui 3 atitudes que você pode tomar para manter em forma a saúde do seu coração:

  1. Mexa-se: Muitos estudos têm demostrado os benefícios do exercício para prevenir doenças cardiovasculares. Até mesmo uma caminhada acelerada de 20 minutos por dia poderia reduzir o risco de doença cardíaca de 30 a 40 por cento.

  2. Coma os alimentos certos (e beba café): Um recente estudo demonstrou que ingerir cerca de 50g de grãos integrais (trigo, aveia, quinoa, etc) por dia levaria a uma redução de 25% no risco de morte por doenças cardiovasculares. Já o consumo de alimentos ricos em ômega-3, como peixes, e ômega-6, como sementes, poderia reduzir os riscos cardiovasculares em 10%. Finalmente, beber de 3 a 5 xícaras de café (ou chá preto ou verde) por dia reduzira a incidência de doenças cardiovasculares em até 35%.

  3. Durma bem: Dormir cedo e acordar cedo tem se mostrado um comportamento saudável para o coração. Pessoas que dormem cedo e têm uma quantidade adequada de sono apresentam redução de comportamentos maléficos à saúde, como o tabagismo, o sedentarismo e dietas desbalanceadas. Pessoas que dormem menos de seis horas a cada noite, porém, são duas vezes mais propensas a ter um acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco.

Agora que você já sabe a importância, os riscos e algumas das coisas que pode fazer para prevenir as doenças cardiovasculares, chegou a hora de espalhar a mensagem! Com todos trabalhando juntos, podemos reduzir o número de mortes prematuras que acometem todos os anos milhares de brasileiros.

REFERÊNCIAS:

  1. Regular Physical Activity: A ‘Magic Bullet’ for the Pandemics of Obesity and Cardiovascular Disease. Lewis SF et al. Cardiology. 2016

  2. Whole grain consumption and risk of cardiovascular disease, cancer, and all cause and cause specific mortality: systematic review and dose-response meta-analysis of prospective studies. Aune D et al. BMJ. 2016

  3. Fish Consumption, Omega-3 Fatty Acids, and Risk of Cardiovascular Disease. Rhee JJ et al. Am J Prev Med. 2016

  4. Association of Coffee Consumption With Total and Cause-Specific Mortality in 3 Large Prospective Cohorts. Ding M et al. Circulation. 2015

  5. Smoking, Screen-Based Sedentary Behavior, and Diet Associated with Habitual Sleep Duration and Chronotype: Data from the UK Biobank. Patterson F et al. Ann Behav Med. 2016

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