O papel das mulheres no 46° Congresso SBCCV

    O 46° Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, realizado recentemente na cidade de Nova Lima, Minas Gerais, foi palco de um acontecimento importante e histórico: o encerramento da gestão 2018 da SBCCV, a qual contou com a primeira médica cirurgiã cardiovascular a compor a diretoria da SBCCV, Dra Magaly Arrais. Ilustres cirurgiãs cardiovasculares procedentes de todas as regiões do país estiveram presentes no Congresso. Além disso, conforme explicitado por palestrantes do evento, o número de mulheres residentes em cirurgia cardiovascular e acadêmicas de Medicina já decididas pela especialidade é crescente, sendo fundamental identificar a importância do papel da mulher como cirurgiã cardiovascular.

Foto do Encontro das Mulheres Cirurgiãs

    Delicadeza e sutileza de movimentos intraoperatórios, facilidade na relação médico-paciente, perseverança, paciência e determinação foram as qualidades femininas mais ressaltadas pelas cirurgiãs cardiovasculares. Apesar de as mulheres ainda comporem a minoria da equipe cirúrgica cardiovascular, o mercado e os colegas de trabalho devem estar cada dia mais abertos às adaptações e às mudanças. Não obstante, vale a pena ressaltar a importância do bom trabalho em grupo, imprescindível para o bem-estar do paciente submetido à cirurgia cardíaca e de sua família.

    O Encontro das Mulheres Cirurgiãs é um evento idealizado e organizado anualmente pela Dra Magaly Arrais, sempre sendo um sucesso entre suas participantes. Nesse ano, não foi diferente. Além de serem recepcionadas em um ambiente acolhedor, as participantes puderam expor ideias, debater opiniões, relatar angústias e medos, mas sobretudo, falar sobre o amor que as une: ver a profundeza da vida e da alma através do coração. Diversos relatos emocionantes sobre o início da paixão pela cirurgia cardiovascular foram compartilhados, mas uma frase foi consenso entre as mulheres: a cirurgia cardiovascular é a cirurgia mais apaixonante que pode existir.

    Apesar desses relatos, não existem apenas notícias otimistas. O fato de haver mulheres cirurgiãs cardiovasculares ainda gera surpresa na sociedade, seja por, historicamente, não existirem mulheres interessadas no ramo, seja pelo machismo intrínseco da população. Sendo assim, chegou o momento de, mais do que nunca, nos unirmos em busca da igualdade de gênero. Podemos sim, ser mães, esposas, filhas, empreendedoras e ainda cirurgiãs cardiovasculares reconhecidas pelo excelente trabalho. A cirurgia cardiovascular é feita para todos os apaixonados por ver a vida em seu sentido mais lúdico.

    Ei! Você! MULHER! Sinta-se à vontade para acompanhar e comentar em nossas postagens no Blog! Você é mais do que bem-vinda!

Ana Paula Limberger/ Acadêmica Medicina 6° ano ULBRA – Canoas – Rio Grande do Sul

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